quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

ENTENDA A CRISE. COMO E QUANDO TUDO INCIOU!


Ola tudo bem?


Sou Ronaldo Viana, Professor e Tradutor de Lingua Inglesa há 15 anos, e procuro ficar informado a respeito das tendencias internacionais no ambito geral dos negócios, ao qual se posso dizer, é a minha "praia" no ensino deste idioma internacional o Business English.


Achei oportuno ajudar os leitores de um dos meus blogs, a entender melhor como foi que se iniciou a crise nos EUA e as suas consequências no Brasil e no mundo a médio-longo prazo.


Os primeiros sinais da atual crise financeira mundial surgiram em 2004, quando devido a alta
dos juros nos Estados Unidos, houve um aumento da inadimplência no mercado imobiliário
americano. Esta crise no mercado imobiliário está diretamente ligada com a inadimplência
em empréstimos do tipo subprime (crédito de risco hipotecário), que se alastrou para várias instituições financeiras que quebraram.


Nesta época a febre foi tão alta que até quem tinha o nome negativado conseguia pegar o dinheiro para compra do tão sonhado imóvel. "Tenho certeza que muitos caloteiros do Brasil gostariam que isto acontecesse aqui tambêm".



O resultado foi que, com a falência de várias instituições, se tornou em uma crise de confiança no mercado e os bancos congelaram os empréstimos para evitar mais calotes.


A crise no setor imobiliário norte-americano prosseguiu pelos anos seguintes com perdas incalculáveis em título relacionados a hipotecas. Mas o momento mais agudo ainda estaria por vir. No início de setembro do mesmo ano, as empresas hipotecárias americanas Fannie Mae e Freddie Mac revelaram que poderiam quebrar e receberam uma ajuda financeira do Tesouro Americano, que procurava contornar a situação.


Em seguida, o banco Lehman Brothers, que não obteve a ajuda do governo norte-americano e pediu concordata. A venda do Merrill Lynch ao Bank of America, a ajuda bilionária à seguradora AIG, e a venda do Wachovia ao Citigroup, completaram o quadro de agravamento da crise. Quedas expressivas no mercado financeiro mundial e no índica Dow-Jones revelaram a gravidade da situação do sistema financeiro.


O presidente George W. Bush reconheceu que sem uma ajuda do Tesouro Americano, seria impossível debelar ou reverter os efeitos nocivos da crise. Mas a rejeição pelo Congresso norte-americano do pacote de US$ 700 bilhões parecia mostrar que a solução não iria ser tão simples. Mesmo com a aprovação da ajuda, após apelos do presidente Bush e dos candidatos à presidência dos Estados Unidos, as perdas nos mercados financeiros mundiais prosseguem. E o mundo se pergunta: aonde nos levará esta crise?


Esta crise nos afeta?


Apesar do presidente Lula dizer que os fundamentos da economia brasileira estão sólidos e que a crise norte-americana é um problema de George W. Bush, na verdade, a crise pode nos atingir.


A dificuldade de se obter dinheiro, uma das marcas desta crise de confiança, pode fazer com que empresas e bancos não consigam captar recursos através de empréstimos no exterior. Com menos linha de crédito, algumas empresas podem diminuir a produção e novas contratações, o poderia diminuir o ritmo da economia e aumentar o desemprego.


Outro efeito pode ser uma diminuição dos empréstimos para pessoa física, o enfraquecimento das exportações e o aumento da inflação e a redução do poder de compra com a alta do dólar.


Mas por outro lado, vejo que muitos especialistas vem dizendo aproximadamente há 7 anos que a bola da vez são as micro e pequenas empresas, medias empresas e prestadores de serviços. Sendo assim, enquanto a crise não atingir esta faixa economica brasileira, Oshalá, tudo irá bem!


Mesmo assim tenho as minhas razões para duvidar se a crise realmente chegará na mesa do trabalhador, pois segundo os dados das reportagens neste último feriado de Natal, especificamente na Véspera, desceram para o litoral cerca de 500.000 autómoveis.


Bem, gostaria que você fizesse um calculo comigo. Se realmente cerca de 500.000 carros foi para o litoral e se a media fosse de 5 pessoas por carro, seria 500.000 X 5 = 2.500.000 pessoas.


Então 2.500.000 pessoas passaram o Natal no litoral, cerca de mais 500.000 carros estão indo para o litoral na véspera do Ano Novo, hoje, calculo total 5.000.000 de pessoas no litoral. Esta quantidade de pessoas é quase 17 vezes a Estimativa Populacional IBGE-2008: 347.738 hab. a cidade de Jundiai.


Além disso, você conhece a Rua 25 de março em São Paulo? Claro que sim, em dias normais cercade 400 a 500.000 pessoas circulam por ali diaramente, no entanto em datas como Dias das Mães, Natal e Ano Novo este número sobe para 2.000.000 de comparadores ativos por dia circulando e comprando produtos de camelôs e as lojas daquela região. Chegando a uma estimativa de quase 60.000.000 de pessoas por mês.


Fica evidente que a maioria destas pessoas estão gastando, comendo, bebendo, presenteando, enchendo o tanque de combustivel, alugando residencias, hoteis, apartamentos, enfim estão movimentando a máquina chamada Economia.


Diante apenas destes 2 fatos. Será que a crise realmente chegará aqui no Brasil. Analise com os seus botões e tire as suas conclusões.


Ronaldo Viana

Professor de Business English

Tradutor de Língua Inglesa

ronaldoviana@gmail.com




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